Aposte no abacate!
O abacate, é o pseudofruto comestível do abacateiro (Persea americana), uma árvore da família da laureáceas nativa do México ou da América do Sul, hoje extensamente cultivada e muito popular no Brasil. São conhecidas mais de 500 variedades do fruto, sendo de três origens diferentes: a guatemalteca, a antilhana e a mexicana.
Esse fruto foi amplamente cultivado antes da conquista espanhola, mas só mereceu a atenção dos horticultores no século XIX. O nome nahuatl (asteca) do fruto é ahuacatl (o qual significa testículo – analogia com a sua forma), que originou, em espanhol, a palavra aguacate. É um fruto arrendondado ou piriforme, de peso médio de 500 a 1.500g. Sua casca varia, em colorido, do verde ao vermelho-escuro, passando pelo pardo, violáceo ou negro. As suas duas principais variedades são a Strong (cor verde) e a Hass (cor roxa).
Em relação às suas propriedades nutricionais, o abacate possui em 100 gramas: 15g de lipídeos, 2g de proteínas e 8,5g de carboidratos. É rico em lipídeos monoinsaturados, especialmente em ácido oléico, o que confere a esse fruto diversas propriedades cardioprotetoras. É fonte ainda de vitamina E e glutationa, potentes antioxidantes que neutralizam radicais livres que, quando em excesso, se associam à doenças crônicas.
O consumo de abacate auxilia no tratamento de doenças crônicas, especialmente das cardiopatias, diabetes e dislipidemias. Diminui as concentrações de triglicerídeos, colesterol e LDL no sangue, ao mesmo tempo que aumenta os níveis de HDL. Apresenta também propriedades anticoagulante, digestiva, laxante, destoxificante, imunoestimulante e anti-inflamatória.
Outro composto com diversos efeitos o organismo, presente no abacate, é o beta-sitosterol. Essa substância possui atividades bactericida, antiviral, fungicida e anti-inflamatória. Esse fitosterol isolado ou em combinação com outros esteróis tem demonstrado efeito em reduzir os níveis de colesterol sanguíneo ao inibir sua captação intestinal. Essa ação pode auxiliar ainda em dietas para a perda de peso.
O beta-sitosterol age diretamente no fígado equilibrando os níveis de HDL e LDL no sangue. Além disso, reduz a dilatação da próstata, prevenindo e auxiliando no tratamento do câncer. Isso ocorre por meio de uma ação específica sobre o fígado, inibindo uma enzima que atua na conversão da testosterona à hidrotestosterona, que ao se ligar a receptores androgênicos ocasiona aumento da próstata, queda de cabelo, disfunções vasculares e possibilidade de impotência.
Na mulher, o beta-sitosterol acarreta um efeito antiestrogênico, prevenindo o desenvolvimento de ginecomastia, retenção de líquidos e aumento de peso principalmente na fase da TPM. Esse ativo também possui propriedade especial sobre a imunidade e com isso auxilia no tratamento de doenças como câncer, SIDA e infecções e ainda tem demonstrado efeito normalizador da glicose no sangue e nos níveis de insulina nos diabetes do tipo I e II. Reduz níveis de glicose no sangue por uma ação inibitória-reguladora da enzima glucose-6-fosfatase.
O abacate apresenta ainda níveis moderados de alfacaroteno. Seu poder antioxidante protege contra a oxidação do LDL, reduzindo o risco de aterosclerose. Outra doença que parece ter associação com os níveis desse composto no organismo é a doença de Alzheimer. Pesquisas concluíram que níveis baixos desse fitoquímico podem influenciar no desenvolvimento dessa patologia.
Olá, gostei muito do texto.
Gosto muito de abacate, mas sempre tenho receio em comer.
Qual a quantidade considerada “segura” para o consumo de um homem na faixa dos 27 anos?
Olá Guilherme!
Três colheres de sopa de abacate equivalem a uma porção de frutas. Para conservar o restante da fruta, pingue gotas de limão e armazene sob temperatura de refrigeração ou, se preferir, pode congelá-lo em formas de gelo.
A recomendação geral da OMS é de consumo diário de cinco porções de frutas ou vegetais e o segredo é sempre variá-los.
Abraços,
Joana Lucyk